O tratamento
da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da
atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. A
primeira opção para se livrar do excesso de peso é o chamado tratamento
clínico, que inclui dieta, exercícios, medicação e acompanhamento de endocrinologista
e nutricionista. Também podem fazer parte da equipe um fisioterapeuta e um
psicólogo. O objetivo é conscientizar o paciente da necessidade de trocar o
sedentarismo e a má alimentação por hábitos de vida mais saudáveis que
contemplem atividade física e dieta balanceada.
Nos casos em que a
obesidade traz prejuízos à saúde e o tratamento clínico se mostra ineficaz, o
tratamento cirúrgico deve ser considerado. O método é conhecido popularmente
como “redução de estômago”, mas vai muito além. Existem vários tipos de
cirurgias disponíveis e cabe ao médico apresentá-los ao paciente e recomendar o
mais apropriado – e seguro – para cada caso.
Reeducação alimentar
Independentemente do tratamento proposto,
a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a
ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode
necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos
(psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente
conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de
peso.
Dentre as diversas formas de
orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica
balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades
calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos
em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a
30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.
Não são recomendadas dietas muito
restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas
apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e
arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos
(dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também
não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de
gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as
alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no
fígado e outros órgãos.
Exercícios Físicos
É importante considerar que atividade
física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que
resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e
estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.
O exercício apresenta uma série de
benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com
dieta. Entre os diversos efeitos estão: diminuição
da vontade de se alimentar, redução
do do percentual de gordura, aumento
do bem-estar e melhora
da auto-estima
O paciente deve ser orientado a
realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes
por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas
situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na
maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca
grandes benefícios.
Medicamentos
A utilização de medicamentos
contribui de forma modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca deve ser
usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam
no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia,
aumento da pressão sanguínea, arritmia cardíaca, boca seca, intestino preso e
até surtos psicóticos. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para
obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da
obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de
pacientes.
No que se refere ao tratamento
medicamentoso da obesidade, é importante salientar que é comum o uso de uma
série de substâncias não apresentam respaldo científico. Entre elas se incluem
os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros
produtos, frequentemente, recomendados como "fórmulas para
emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a
longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe
mais peso do que o seu inicial.
Cirurgia Bariátrica
Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.
A cirurgia bariátrica não tem fins
estéticos, é uma cirurgia que vai alterar o hábitos e a qualidade de vida do
paciente com o objetivo de fazê-lo ter uma vida mais saudável e longa. Os
métodos para o tratamento cirúrgico contra a obesidade são bem radicais e devem
ser feitos em condições extremas, ou seja, quando o paciente não consegue mais
reduzir seu peso sozinho e corre risco de morte devido à obesidade
Cuidados
- Não
deposite as esperanças do tratamento da obesidade apenas no medicamento ou
na cirurgia, pois o resultado depende principalmente das mudanças nos
hábitos de vida (dieta e atividade física)
- Com
o tempo, o medicamento para obesidade pode passar a perder o efeito. Se
isso ocorrer, consulte seu médico e nunca aumente a dose por conta própria
- Existem
muitas propagandas irregulares de medicamentos para emagrecer nos meios de
comunicação, por isso não acredite em promessas de emagrecimento rápido e
fácil
- Não
compre medicamentos para obesidade pela internet ou em academias de
ginástica, pois muitos não são autorizados pelo Ministério da Saúde e
podem fazer mal a quem utiliza
- Clínicas
e consultórios não podem vender medicamentos para obesidade. O paciente
tem a liberdade de escolher a farmácia de sua confiança para comprar ou
manipular o medicamento prescrito
- Fórmulas
de emagrecimento com várias substâncias misturadas são proibidas pelo
Ministério da Saúde e já provocaram mortes
Referências:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php
http://www.infoescola.com/doencas/obesidade/
http://www.sbcbm.org.br/cbariatrica.php
Por Gabriella Riccardi
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