sábado, 12 de outubro de 2013

Tratamentos da Obesidade

       O tratamento da  obesidade   envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e,  eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares.  A primeira opção  para se  livrar do  excesso de  peso  é  o chamado  tratamento   clínico, que   inclui   dieta,  exercícios,  medicação e  acompanhamento  de   endocrinologista  e nutricionista. Também podem fazer parte da equipe um fisioterapeuta e um psicólogo. O objetivo é conscientizar o paciente da necessidade de trocar o sedentarismo e a má alimentação por hábitos de vida mais saudáveis que contemplem atividade física e dieta balanceada.
       Nos casos em que a obesidade traz prejuízos à saúde e o tratamento clínico se mostra ineficaz, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. O método é conhecido popularmente como “redução de estômago”, mas vai muito além. Existem vários tipos de cirurgias disponíveis e cabe ao médico apresentá-los ao paciente e recomendar o mais apropriado – e seguro – para cada caso.

Reeducação alimentar

Independentemente do tratamento proposto, a reeducação alimentar  é  fundamental,  uma vez que, através dela, reduziremos  a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente.  Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional  ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.

Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas. 

Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.

Exercícios Físicos

        É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos estão: diminuição da vontade de se alimentar, redução do do percentual de gordura, aumento do bem-estar e melhora da auto-estima
        O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios.

Medicamentos

A utilização de medicamentos contribui de forma modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca deve ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, arritmia cardíaca, boca seca, intestino preso e até surtos psicóticos. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que é comum o uso de uma série de substâncias não apresentam respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos, frequentemente, recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.

Cirurgia Bariátrica



Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.
          A cirurgia bariátrica não tem fins estéticos, é uma cirurgia que vai alterar o hábitos e a qualidade de vida do paciente com o objetivo de fazê-lo ter uma vida mais saudável e longa. Os métodos para o tratamento cirúrgico contra a obesidade são bem radicais e devem ser feitos em condições extremas, ou seja, quando o paciente não consegue mais reduzir seu peso sozinho e corre risco de morte devido à obesidade

Cuidados


  • Não deposite as esperanças do tratamento da obesidade apenas no medicamento ou na cirurgia, pois o resultado depende principalmente das mudanças nos hábitos de vida (dieta e atividade física)
  • Com o tempo, o medicamento para obesidade pode passar a perder o efeito. Se isso ocorrer, consulte seu médico e nunca aumente a dose por conta própria
  • Existem muitas propagandas irregulares de medicamentos para emagrecer nos meios de comunicação, por isso não acredite em promessas de emagrecimento rápido e fácil
  • Não compre medicamentos para obesidade pela internet ou em academias de ginástica, pois muitos não são autorizados pelo Ministério da Saúde e podem fazer mal a quem utiliza
  • Clínicas e consultórios não podem vender medicamentos para obesidade. O paciente tem a liberdade de escolher a farmácia de sua confiança para comprar ou manipular o medicamento prescrito
  • Fórmulas de emagrecimento com várias substâncias misturadas são proibidas pelo Ministério da Saúde e já provocaram mortes
                                        

Referências:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php
http://www.infoescola.com/doencas/obesidade/
http://www.sbcbm.org.br/cbariatrica.php
Por Gabriella Riccardi

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