
A frutose é um importante carboidrato da dieta e é produzida no organismo a partir da glicose pela via do sorbitol (imagem ao lado). Ela é conhecida pelos erros inatos do seu metabolismo e pela possibilidade de desenvolvimento de características da síndrome metabólica caso haja consumo excessivo, além do aumento de triglicerídeos e colesterol no sangue.
O título desta postagem faz referência a uma palestra ministrada por um médico pediatra e neuroendocrinologista americano, Dr. Robert Lustig, em 2009, cujo vídeo segue em anexo. Para ele, a frutose é um veneno e desnecessária para o organismo, uma vez que ela não participa de nenhuma reação vital. Além disso, suas pesquisas afirmam que doses excessivas de frutose sobrecarregam o fígado que, como consequência, confunde o sistema nervoso central, mais especificamente o hipotálamo, com uma substância química que produzimos quando comemos, a leptina, hormônio que restringe a ingestão alimentar. Desse modo, com a leptina funcionando de forma errônea, sentimos fome constantemente, o que ser uma causa de futura obesidade.
Uma pesquisa um tanto menos categórica feita pela Universidade de Yale identifica a frutose como um fator capaz de interferir no hipotálamo de maneira diferente da glicose. Isso foi verificado porque o aumento de frutose foi acompanhado pelo aumento da prevalência da obesidade e de resistência insulínica. A prevalência da obesidade pode ser explicada com o fato de que a ingestão de frutose produz menor quantidade de hormônios sacietógenos se comparada com a glicose. A conclusão dessa pesquisa é que uma caloria de frutose é mais obesogênica do que uma de glicose por não desativar tão intensamente a área de apetite do hipotálamo.

É importante ressaltar que a frutose é capaz de gerar toda essa gama de problemas caso consumida em excesso. No entanto, há uma quantidade mínima necessária de sua ingestão para que o organismo mantenha-se funcionando bem. Os fatos aqui expostos estão relacionados à sua ingestão em demasia.
Referências:
Vídeo "Sugar: the bitter truth" do Dr. Robert Lustig, publicado em 30/07/2009
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