A obesidade atingiu proporções epidêmicas, tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, estando associada a taxas elevadas de mortalidade. Mais de 1 bilhão de adultos em todo o mundo apresentam sobrepeso e no mínimo 300 milhões de pessoas são obesas. A obesidade é uma doença crônica crescente que afeta indivíduos de todas as idades e grupos socioeconômicos. Possui causa multifatorial, dentre elas estão a genética, o desequilíbrio entre ingestão alimentar e gasto energético por meio de atividade física, os fatores endócrinos, os mecanismos adaptativos associados a desordens e os tratamentos nutricionais, farmacológicos e comportamentais, podendo esses fatores atuar de forma isolada ou concomitantemente.
Segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 do IBGE, no Brasil, o excesso de peso atinge 38,8 milhões de brasileiros com idade igual ou superior a 20 anos, representando 40,6% da população adulta, dos quais 10,5 milhões são considerados obesos.
Até relativamente pouco tempo, o papel da gordura em si no desenvolvimento da obesidade e suas conseqüências foi considerado passivo. O tecido adiposo, por muitos anos, foi visto somente como local de reserva energética, protetor contra choques e isolante térmico. Entretanto, após a descoberta de inúmeras substâncias secretadas pelos adipócitos, dentre elas hormônios e citocinas, esse tecido passou a ser visto como órgão dinâmico e suas funções inflamatória e endócrina foram evidenciadas.
A obesidade é caracterizada como estado de inflamação crônica de baixa intensidade. A inflamação responde de forma diretamente proporcional ao aumento da adiposidade corporal. Ou seja, a maior infiltração de macrófagos em proporção ao aumento do tamanho dos adipócitos, pode aumentar a produção de citocinas pró-inflamatórias e proteínas de fase aguda, dentre elas a MCP-1 (proteína quimiotática de monócitos-1), já que tanto os adipócitos hipertrofiados quanto os macrófagos são capazes de secretar tais citocinas e, assim, contribuir com as conseqüências fisiopatosiológicas da obesidade. Ou seja, existe também no tecido adiposo um aumento na produção de substâncias responsáveis por um processo inflamatório intenso e permanente que pode aumentar a produção de placas da aterosclerose e portanto aumentar o risco de infarto e derrames entre outras coisas.
Deixo aqui um vídeo falando de forma sucinta os problemas da obesidade:
Referências:
http://www.efdeportes.com/efd150/tecido-adiposo-como-regulador-da-obesidade.htm
vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bu_M2fSvhUM
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